Devaneios... Nada mais...

domingo, março 13, 2005

Degradantemente consciente...

Muitas vezes escrevo para aqui e refreio-me um pouco nas palavras para que algumas pessoas não se sintam atingidas, magoadas ou simplesmente incomodadas com o que digo. Contudo hoje, numa leve reflexão cheguei à brilhante conclusão: Que se lixe! Que se lixem todos! Afinal de contas provavelmente sou eu o único visitante regular desta página... E pensando ainda mais profudante: Também não admira... Tudo o que vai sendo escrito por aqui é uma salgalhada de textos estupidos, sem nexo nem sentido, e alguns lamechas. Ou seja, na realidade posso por aqui tudo o que me vai real telha, sem que ninguém me incomode ou peça explicações. Na realidade é engraçado e irónico: Se quisesse manter um diário pessoal, ou um caderno com pensamentos, provavelmente alguém o encontraria contra a minha vontade. No entanto, com este blog ainda o vou divulgando vagamente e este permanece quase invisível. Para dizer a verdade, já houve alturas em que achava piada que houvesse visitantes no blog. Hoje em dia não quero saber. Ou seja, posso passar a por aqui tudo que eu quiser. Posso chegar ao extremo de te mandar dar uma volta. Sim, a ti que estás a ler isto. É contigo que estou a falar. E porquê? Porque muito provavelmente com quem estou a falar é comigo mejsmo. Depois desta libertação mental, passemos ao que me trouxe, verdadeiramente, aqui hoje. Já me perguntaram mais que uma vez, se esta coisa dos blogs, não era expor-me demais. Até agora não tinha sido, pelas questões que mencionei antes. Hoje vai continuar a não ser pelas mesmas razões.

Hoje cometi um acto degradante q.b. E sei isso. Aliás, antes de o cometer já sabia que era degradante. No entanto estava perfeitamente consciente do que estava a fazer. Foi instanânea a lembrança da frase que adorei em Kill Bill: "No Kiddo, at this moment, this is me at my most... [cocks pistol] masochistic. ". Contudo não fiquei marcado, nem sentido com isso. Foi do que me apercebi nos entretantos. Sabes... Por vezes, momentos assim trazem uma lucidez incrível! E o que me apercebi hoje foi de desilusões. Cada uma que temos mata-nos um bocadinho. Tira-nos um bocadinho de alegria de viver e de esperança. Sempre que acontece, pensámos: Ok. Aconteceu... É a vida... Ao menos para a próxima já estamos preparados. Na realidade, isso são tretas... Nada nos prepara para certas coisas. Acredita...

Existem muito tipos de desilusões: profissionais, sociais, amorosas, familiares e as que estão mais em questão aqui, as desilusões entre amigos.

Acredito piamente, no conceito de amizade. Acredito que quando se usa esse conceito, esse corresponde à realidade... todas essas coisas de estar presente nos momentos bons e nos momentos maus, de assumir certos compromissos, de pensar nos amigos pondo, por vezes, os interesses pessoais de parte. Sei que cada pessoa é única no mundo, com todas as suas qualidades, tiques, aptidões, etc., mas também com todos os seus defeitos e falhas. Penso que sei lidar com as pessoas tendo em conta estas coisas, sabendo que certos gestos e atitudes não são feitas com o intuito de magoar, ou criar mal estar. Porém nem toda a gente sabe isso, e muitas mais não se preocupam minimamente com as consequências dos seus actos e palavras, do significado que têm associado e de como isso marca uma relação e molda a opinião de cada pessoa. Digo isto, não para dizer que sou melhor do que tu, ou de qualquer outra pessoa. Sei perfeitamente que tenho inumeros defeitos, alguns dos quais sei que tenho e que podia esforçar-me para modificar, e muitos outros que nem sequer me apercebo. Penso que todas as pessoas que considero minhas amigas partilham este conceito de amizade. Por isso custa-me as "traições", custa-me as confianças ceifadas, custa-me as faltas de respeito, custa-me as faltas de consideração, custa-me as palavras falsas e sem sentimento, custa-me tanto... tantas coisas... E sempre que algum suposto amigo faz algo surpreedentemente mau, ou que eu não julgava capaz é extremamante penoso. Doi muito... Contudo esta lição ainda não aprendi nem quero aprender. Hei-de continuar a acreditar e confiar nas pessoas até prova em contrário. E as desilusões hão-de continuar a surgir. Só os verdadeiros amigos fazem com que isto valha a pena ser mantido e que continue a acreditar. Existem ainda pessoas que simplesmente não sei o que esperar. Moem-me a cabeça e confundem-me imenso. Adorava adivinhar o que vai dentro dessas mentes.

A todos os meus amigos, o meu muito obrigado e reconhecimento. A todos os outros...

E com isto me despeço, sabendo que hoje posso dormir descansado e de consciência tranquila.

Até breve amigo/a ( ? )...

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