Devaneios... Nada mais...
quinta-feira, setembro 30, 2004
O meu mundo
quarta-feira, setembro 15, 2004
Ouvir o silencio
Quero ouvir o silêncio, estar sentada naquelas dunas, ao por do sol, no deserto…
Quero voltar a ter a sensação de estar com o meu verdadeiro eu sem absolutamente nada que me distraía de mim. Ouvir só o que vai dentro de mim, o meu sangue a correr, saber que estou viva e que o meu coração ainda bate.
Quero voltar a encontrar o meu mais puro eu, sem influências do mundo que me rodeia.
Quero deixar cair a mascara de uma fortaleza de convicções e certezas,
Quero ser apenas eu com os meus ideais, sem que ninguém me lembre que não passam disso mesmo ideais, ideias do mundo para um mundo melhor, uma sociedade ideal!
Quero sentir-me completa em mim, no meu mundo perfeito, que é só meu!
Quero poder falar comigo, contar-me os meus mais íntimos segredos e sentimentos, enfim conhecer-me, entender o porquê de atitudes tomadas, de palavras ditas, de palavras ouvidas, de conflitos, o porquê se me sentir só em mim!
Quero saber o que terei de especial ou diferente que me faça sentir de outra época, de outro mundo por vezes.
Quero crescer em mim, quero ser humana sem deixar de ser alma. Ser o melhor para mim e para os outros.
Quero deixar os remorsos de não agir, ou me reprimir por não ser eu nas atitudes que tomo.
Enfim quero ouvir o silêncio, como se nada houvesse no mundo com que me preocupar, como que se o tempo parasse, para poder desfrutar da minha verdadeira companhia e escutar-me, entender-me, certificar-me que não sou incompreensível e corrigir os erros que fazem com que o seja para os outros.
Ser completa para vocês que me merecem completa, para vos apoiar, defender e amar.
When The Pawn Hits The Conflicts
He Thinks Like A King
What He Knows Throws The Blows
When He Goes
To The Ring
There's No Body To Batter When Your Mind Is Your Might
So When You Go Solo, You Hold Your Own Hand
And Remember That Depth Is The Greatest of Heights
And If You Know Where You Stand,
Then You Know Where To Land
And If You Fall It Won't Matter,
'Cuz You'll Know That You're Right
Deixei atrás os erros do que quis
E que não pude haver porque a hora flui
E ninguém é exato nem feliz.
Tudo isso como o lixo da viagem
Deixei nas circunstâncias do caminho,
No episódio que fui e na paragem,
No desvio que foi cada vizinho.
Deixei tudo isso, como quem se tapa
Por viajar com uma capa sua,
E a certa altura se desfaz da capa
E atira com a capa para a rua.
Não quero que penses que me sinto só, abandonada, negligenciada, não! Sei que tenho o melhor amigo, companheiro, amor do mundo. E por isso sinto-me grata a ti! Trata-se apenas de uma necessidade de me relembrar de mim. “Without you i’m nothing”, lembras-te, foi assim que tudo começou verdadeiramente, uma música dos placebo no sudoeste, e é por isso que quero ser completa, para sermos completos! AMO-TE!
Certezas
Só tenho a certeza de uma coisa: a morte. O resto tudo se modifica e transforma.
quarta-feira, setembro 08, 2004
Bagaço com mel
Por todo o lado ouvem-se críticas, que antigamente (e ainda hoje) nas aldeias era a loucura total... As pessoas bebiam logo o seu copito de bagaço pela manhã, o tinto era uma constante nas mesas, etc. etc. Agora pergunto, o que é mais degrandante: esses comportamentos ou os comportamentos actuais? A qualquer lado que se vá, depois de uma certa hora, vê-se toda a gente com um copito na mão... e figuras absolutamente inacreditáveis (para ser simpático). Em todo o lado vê-se pessoas a beber, por beber. Beber para ficar bêbadas porque pelos vistos é da única maneira que conseguem divertir-se. Quem não bebe, não é fixe... Então toca a beber, mesmo que o liquido dentro do copo, saiba à pior coisa do mundo. Por todo o lado há os garanhões olha só para mim... vê como consigo aguentar a bebida... sou mesmo fixe... Dos gunas nem falo... Para eles já é um ritual. Já pouca gente bebe por gostar do que está no copo, apesar da maior parte defender que não, e que realmente a mixórdia que lhe puseram à frente até é uma iguaria dos Deuses...
Qual é o mais degradante?
Mistério das praias
Contudo, ainda assim, existe nas praias de norte a sul do país um personagem enigmática! O "homem das batatinhas"... Não sei se já repararam mas ele traz numa mão o saco com as batatinhas, noutra o saco com as "línguas da sogra", à cinta o saco com os trocos, na cabeça o chapéuzinho e às costas uma "lata" gigante... Já se perguntaram o que eles trazem nessa lata? Pois, eu sei! Eles trazem os restos das sogras.... os olhos das sogras, os corações das sogras e outras entranhas de sogras... Agora põe-se uma pergunta: O que raio, esses beneméritos dos maridos portugueses, fazem aos corpos das sogras? Será que são incinerados? Será que um dia encontraremos uma grande vala comum cheia de corpos mutilados das entranhas, com todas as sogras que foram usadas para fazer essas guloseimas que fazem as delícias de miúdos e graúdos nas praias portuguesas?
PS: se estão a perguntar-se porque não há notícias do desaparecimento de tantas sogras, o motivo é óbvio... são sogras!!!!
Fachadas
E perguntas tu: qual o motivo para tal boa disposição?
Ao que respondo: Não sei...
Não faz sentido... Posso tentar explicar... Olha cinco anos para trás. Ondes estavas? Com quem estavas? Como estavas? Mudou muita coisa?
Eu posso dizer que sim. Mudaram-se mentalidades, objectivos, sonhos, ilusões, algumas pessoas. Perdeu-se alguma réstea de inocência...
Acho que a maior lição neste curto espaço de tempo foi acerca das pessoas... As pessoas são como casas. Algumas possuem grandes fachadas e a quem passa parecem perfeitas, "a casa de sonho". Mas atrás dessas fachadas esconde-se uma pocilga, ou simplesmente o vazio. Há depois aquelas que têm fachadas feias, velhas ou simplesmente muros enormes a proteger o interior e que poucos aventuram-se a trespassar ou tentar descobrir o que está do outro lado... Os poucos que conseguem passar além dessas barreiras descobrem frequentemente que no seu interior se encontram tesouros enormes e algo de absolutamente deslumbrante. Há as mansões "Hollywoodescas" perfeitas por fora e por dentro mas isso são casos hiper raros e normalmente isoladas do resto das casas. Obviamente também há o inverso. Fachadas a cair de podre e interiores degradantes. Finalmente a casa dita normal. Fachada agradavél, interior reconfortante... Enfim... Nada nem ninguém é perfeito.
Fica no ar a pergunta? As mudanças foram para melhor ou para pior? Acho que a única coisa que se pode dizer é uma verdade de LaPalice... Foram para diferente. Ganham-se umas, perdem-se outras. C'est la vie...