Conversas de treta...
Devaneios... Nada mais...
quinta-feira, julho 17, 2008
Permanente
A vida continua...
terça-feira, maio 27, 2008
quinta-feira, junho 14, 2007
O acordeão
Manuel,
Sinto muito. Gostei dos tempos que passamos mas tive de ir visitar uns amigos a Espanha. Espero que compreendas. Preciso de ter contacto com algumas raízes da minha terra.
Até Sempre,
Gabriela.
quinta-feira, janeiro 25, 2007
Pensando em voz alta
Lentamente o papel vai sendo consumido pela brasa que vai destruindo o tabaco. É engraçado... é nestes momentos que estás isolado do mundo que mais coisas parecem fazer sentido... que mais coisas se mostram ao nosso ser aluado. A lua... Essa está grande! Tem uma orla redonda em seu redor. Lá no final do areal, o mar ronrona. Ai o mar! Ui! Já começa a queimar os dedos! A brasa já consumiu tudo o que nos consome. Está no filtro! É melhor livrar-me da beata. O vento silva na janela entreaberta do quarto... Não quero mais! Não, quero mais! Não sei o que quero! Quero tudo! Tenho tudo? Não consigo ficar deitado aqui parado e murcho nestes pensamentos e sentimentos e agonia lúcida. Abro a porta e saio. Está um nevoeiro cerrado. Consegue sentir-se a água embatendo na pele descoberta. Custa um pouco habituar-me. Está frio! A sensação é agradável. Estava a precisar de sentir a água nas bentas... Parece que me ouço a pensar melhor. A praia está deserta. Está uma praia de inverno. Uma praia de Inverno é diferente de uma praia de Verão. É pena que não haja mais pessoas que conheçam as praias de Inverno. É tudo levado na maré do “mainstream”. Não há muita criatividade ou originalidade. São todos demasiado conformistas e comodistas. É mais agradável fazer o que todos fazem. Não cansa tanto... Enfim... tristes... A areia está dura. Os pés não se enterram como no Verão...
Porque é que a pessoa certa é a errada? Ou será a errada que é a certa? Sorte? O que é a sorte? Não estamos só aqui, tal como todos os habitantes deste iludido mundo , para dar continuadade à espécie? Não são todas as atitudes que tens, que fazes, todos os objectos e utensílios que usas, todas as verdades, mentiras, artificios que empregas, métodos que a Natureza te dá para que a evolução continue e a tua espécie não definhe para a extinção? Quantos anos tenho? Já lá vão 30... O que fiz? Melhor, o que fiz de importante? Algo que se veja, algo que realmente interesse... Não sei... Terá sido tudo para proveito próprio? Para o bem estar enquanto e depois concebo um ser da espécie para dar continuidade à evolução? Odeio-te... Amo-te! Qual a diferença afinal?
Tinhas de chegar agora??? Estava tão bem nos meus pensamentos... Estavas tão bem nos meus pensamentos... Podias ficar lá e não sair. Não aparecer! Não falar! Pensar é melhor que sentir. Não quero sentir! Não posso controlar. O pensar posso... Por favor... por favor não digas nada... não aguento sentir-te! Vê-me aqui e vai-te! Não esperes por mim! Não venhas ter comigo. Vai-te. Ainda não consegui ultrapassar-te! Andas demasiado depressa. Fazes-me andar demasiado depressa! Eu sei... Eu sinto... Libertas-me... Quando estou contigo estou livre... vedadeiramente livre... Quem disse que o amor prende não amou. Ou não amei eu? Bolas! Confusão... Não gosto de me sentir confuso. Gosto de tudo a preto a branco. Uma raposa persegue a lebre. O contrário não acontece! E uma raposa nunca ama uma lebre! E uma lebre foge da raposa. Tudo tem uma ordem natural! Terá? Obedecemos a ordens? A regras? Ditadas por alguém? Escritas por alguém?
Tanto fingimento, tanta argucia, tanta maquilhagem. Porque não alguém real??? Ou melhor, alguém real e interessante... Interessante??? O que é isso??? Nada faz sentido? Onde está o livro que ensina a viver?
quinta-feira, dezembro 21, 2006
Finalmente o fim?
Mais novidades em breve...
quinta-feira, dezembro 14, 2006
terça-feira, dezembro 12, 2006
Já me tinha deixado disto
Death Cab for Cutie - I will follow you into the dark
quinta-feira, dezembro 07, 2006
Sonho
terça-feira, novembro 14, 2006
Diálogo sem música de fundo
-O que fazes?
-Porque estás aqui?
-Quanto tempo mais vais estar aqui?
-Vais estar aqui quando acordar?
-Fica! Fica mais um pouco! Não me deixes sozinho outra vez! Não vou suportar!
-Bolas! Porque fazes sempre isso? Preciso de ti! Vá lá! Não vás! Achas que sou um falhado? Eu não falho! Eu não posso falhar!
-Toca-me! Quero sentir-te! Deixa-me reconfortar no contacto da tua pele!
Lentamente e sem dizer uma palavra começou a vestir-se. Primeiro o fio dental dental e logo de seguida o soutien que davam outra postura aos seus seios já algo descaídos. Finalmente as meias de renda e logo de seguida o curto vestido lilás.
-Puta!
-Fodasse! Sim sou puta! Não sou nenhuma psicóloga! Não tenho troco! Para a próxima faço-te mais baratinho!, respondeu batendo a porta atrás si.
terça-feira, outubro 31, 2006
Pedro e Inês, revisited
(Insultem-me à vontade!)
Ano: 1375
Deixem-me contar-vos a minha história. Recuemos 20 anos.
Não se pode dizer que o país vivia tempos turbulentos. Estava tudo calmo. Em poucos anos tudo mudou.
Juntamente com os meus grandes amigos, Pêro Coelho e Álvaro Gonçalves, frequentava assiduamente a corte e os desígnios do país mexiam connosco. Participavamos activamente para que todo o reino vivesse melhor.
O casamento do Pedrinho, perdão, do príncipe Pedro avizinhava-se e começava-se a sentir no ar o alvoroço de tal festiva ocasião. O nosso príncipe teve particular sorte na sua dama. Constança era uma mulher deveras interessante e de uma linhagem como poucas que traria um novo alento às relações do reino com Castela.
O tempo passou, o casamento deu-se e tudo parecia correr bem até chegar aquela malfadada aia que se dava pelo nome de Inês! Vi logo que uma mulher tão bela e sensual não poderia ser uma mera aia da nossa futura raínha! Era descendente dos Castros! Essa bastarda havia sido educada apenas com um intuíto: minar o reino português! Exercer influência sobre quem tem mais poder, ou viria a ter... Mau sinal mas quantas vezes nos enganamos e o que parece é apenas ilusão e a verdade está longe?
Infelizmente a primeira impressão era a que estava certa. Pouco tempo depois Pedro ficou cego! Deixou-se levar pelos encantos do corpo e pela manha daquela criatura! Cada dia que passava, Constança era mais posta de parte. Tal não podia continuar. Uma luz surgiu com o nascimento do filho varão de Pedro e Constança. De acordo com a igreja, uma relação entre um dos padrinhos e um dos pais de uma criança é algo de terrível, mesmo incestuoso. Constança convida então Inês para madrinha do seu filho varão.
A resolução do problema parecia estar à vista. Nada poderia estar mais errado. O que resultou foi na morte do inocente filho de Pedro e Constança. Fontes seguras, dizem que a trágica situação tinha um dedo de Inês.
Cada vez as débeis relações com Castela estavam mais fragilizadas e cada vez mais o príncipe era bombardeado por ideias dos malvados Castro.
O Rei precisava de fazer alguma coisa e a solução foi exilar Inês no castelo de Albuquerque. Finalmente chegaria a paz, pensavamos todos. No entanto o príncipe e Inês continuaram a trocar correspondência e no fatídico dia de 13 de Novembro de 1345, Contança morre a dar à luz o pequeno Fernando.
Isto só trouxe complicações! Pedro tinha agora uma oportunidade para voltar para Inês! Seria a desgraça! Cada vez era mais corrompido pelas ideias dos Castros e caso continuasse com esta influência demoníaca, o reino atravessaria tempos dificeis. Pedro resgatou-a de Albuquerque e diz-se que casaram em Leça do Balio, através de um padre renegado. De lá foram para Coimbra. A pressão de Castela era cada vez maior. O principe estava cada vez mais radical e tresloucado. Era necessário fazer algo mas as soluções escasseavam.
Aiiii... Como cega o amor! A única saída possível parecia ser terminar com a vida de tal vil criatura. A responsabilidade era grande e eu, Pêro Coelho e Álvaro Gonçalves ficamos com o peso da responsabilidade de cometar tal atroz acto.
A 7 de Janeiro de 1355 engendramos o esquema e tratamos de levar o plano avante. O que aconteceu depois foi terrível! Estavamos todos longe de saber que tal acção faria o querido Pedro revoltar-se contra o pai e iniciar uma guerra! Graça a Deus pela sábia Beatriz que conseguiu com que a paz voltasse. Entretanto Pedro ficou sedento de vingança. Pêro Coelho e Álvaro Gonçalves foram já assassinados. Trespassados pelas costas por uma espada... que atitude cobarde! Não mais se lembra de quem esteve sempre do seu lado durante a infância? Que triste! Resto eu, que vou vagabundeando de sítio em sítio sempre a olhar por cima do ombro. É uma história triste. O povo provavelmente não saberá metade do que passou. Preferirá sempre a visão romântica de um príncipe que encontra o seu amor de um modo inesperado. Preferirá as lendas do amor impossível que só não vence devido a uns odiosos seres que sem motivo matam a sua amada... Constança essa será mera figurante e nunca será raínha. O resto não será importante.
Está na hora de partir. Até à proxima!
quarta-feira, outubro 18, 2006
Capitão Romance - Manuela Azevedo e Vozes da Rádio
segunda-feira, outubro 16, 2006
Genial!
O tempo voa!!!
Desencontro
Bolas pá! Não podias ter esperado mais um pouquinho? Não sabes que é tudo um jogo? Não sabes que eu não tenho sorte ao jogo? Não sabes que eu não sei jogar bem estes jogos de sedução? Sabes... já me magoei muitas vezes a jogar isto... estas feridas custam a sarar... quando entro nisto a minha mente tem mais força, e ordena que este meu coração que vive no mundo da lua onde tudo está em harmonia e o amor acontece, se interrogue sobre quem está a jogar comigo, se interrogue mesmo se é mesmo o jogo de sedução... se não é apenas uma química especial que todos temos com tantas pessoas mas que não significa que seja amor. Sabes, eu demoro a perceber essas coisas... Preciso de ter certezas... Preciso que o meu frágil coração se acomode na segurança de um cantinho e que o meu cérebro dê o seu aval. De certeza que estás a pensar que me deste uma hipótese... que fui eu que rejeitei... Fodasse! Não era rejeição... Desculpa... Expliquei-me mal... Precisava de tempo... Precisava de compreender... Precisava de certezas... E apesar tudo estavas sempre lá, fosse onde fosse, e a que horas fosse... É verdade... Significavas para mim muito que um amigo chegado, ou mesmo família. Mantinhas-me ao mesmo tempo na Terra e na Lua. Era já aquela relação sentimental, existencial muito mais forte que qualquer desejo carnal!
E ontem... Ver-te nos braços da Ana... Meu Deus... O meu coração explodiu em milhares de pedacinhos que continuo de rastos a recolher nesta valeta da minha vida. Não sei p que fazer... Não sei nada... Não sei em quem confiar... Quem devo escutar? O meu cérebro? O meu coração? mas sabes o que mais custa? Tu estás feliz... e por mais que te preocupes, ou digas que te preocupas comigo, estou em 2º lugar... Não sou A mais importante... e tu continuas com aquele brilho nos olhos de quem encontrou a sua cara-metade... A mim resta-me chorar... Queria tanto estar feliz por ti... Não consigo... Não é odio nem rancor... É saber que desperdicei o que pode ter sido a oportunidade da minha vida...
domingo, outubro 15, 2006
Facto
No penedo no meio da areia estava o bicho em completa solidão.
Perguntas
O que te faz chorar?
O que te faz gritar?
O que te faz falar?
O que te faz confessar?
O que te faz segredar?
O que te faz quebrar?
O que te faz perder?
O que te faz encontrar?
O que te faz passar?
O que te faz voar?
O que te faz chatear?
O que te faz fugir?
O que te faz regressar?
O que te faz sentir vulgar?
O que te faz sentir especial?
O que te faz ficar ficar com um nervoso miudinho?
O que te faz ficar indiferente?
O que te faz fazer um sacrifício?
O que é preciso para te sentires feliz?
O que é preciso para te sentires miserável?
O que é preciso para te levar à loucura?
O que mexe contigo?
O que abominas?
De que tens medo?
Quanto aguentas até acabar?
quinta-feira, outubro 12, 2006
Interpretada por: | Madalena Iglésias |
Másica de: | Carlos Canelhas |
Letra de : | Carlos Canelhas |
Ele e ela | ||||||||||||||||||||||
Sei quem ele é, ele é bom rapaz, um pouco tímido até | ||||||||||||||||||||||
Vivia no sonho de encontrar o amor | ||||||||||||||||||||||
Pois seu coração pedia mais, mais calor | ||||||||||||||||||||||
Ela apareceu e a beleza dela desde logo o prendeu | ||||||||||||||||||||||
Gostam um do outro e agora ele diz | ||||||||||||||||||||||
Que alcançou na vida o maior bem, é feliz | ||||||||||||||||||||||
Só pensa nela a toda a hora, sonha com ela p'la noite fora | ||||||||||||||||||||||
Chora por ela se ela não vem | ||||||||||||||||||||||
Só fala nela cada momento, vive com ela no pensamento | ||||||||||||||||||||||
Ele sem ela não é ninguém | ||||||||||||||||||||||
Sei quem ele é, ele é bom rapaz, um pouco tímido até | ||||||||||||||||||||||
Vivia no sonho de encontrar o amor | ||||||||||||||||||||||
Pois seu coração pedia mais, mais calor | ||||||||||||||||||||||
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E recordar é viver...
terça-feira, setembro 19, 2006
Bem-vindo ao circo!
" - Apreciem! O nosso circo é especial! Apenas temos um artista! Não desanimem! É o melhor do mundo e faz todos números!"
Entra a música dos palhaços e juntamente com ela aparece na arena o artista! E lá vai ele pulando e fazendo patetices contagiando a plateia que ri!
" - Gostaram! Foi só o início! Preparem-se para o próximo número! Vitorini irá agora andar naquela corda que vêm dez metros acima das vossas cabeças! Peço silêncio! Não há rede de protecção! Vitorini tem de concentrar-se!"
No cimo lá aparece Vitorini vestido naquela licra justinha e colorida. Traz uma enorme bara e um mono-ciclo. Todos olham atentamente. Um outro desvia o olhar. Lentamente Vitorini começa a pedalar na corda bamba. " - oooohhh" grita a plateia. Vitorini parecia que ia desiquilibrar-se mas lá ganha à gravidade e chega ao outro lado!
" - Uma salva de palmas! Eu não disse que o artista era o melhor! Não parem as palmas! O mágico Vitorini está prestes a entrar"
Desta vez é uma música ambiente que entra cena e Vitorini lá vai entretendo a plateia com as suas cartas, fugas de correntes, aros quebrados e todas as magiquices.
O narrador desta vez não entra. Uma gaiola enorme sai do tecto, a varinha transforma-se em chicote e a mesa em cadeira! Entram os leões! A multidão gela. Vitorini tem a cabeça dentro da boca do mais possante animal daquela jaula! Tudo corre bem!
" - Palmas! Palmas! Vitorini merece!" - anuncia a voz para dar tempo a Vitorini de se mudar.
E de repente lá entra de novo a correr vestido de palhaço fazendo rir de novo toda a gente. Pelo meio pega nuns cones e numas bolas e começa malabarismo! Que arte como está tudo equilibrado!
"- E agora mais uma bola! Vitorini irá manter no ar seis bolas caros espectodores!"
Entra mais uma bola para o malabarismo... Vitorini não consegue equilibrar e caem todas ao chão! Bolas! Confiante pega de nova nelas e mais uma tentativa! Desta feita mantêm-se todas no ar e o público aplaude ao rubro!
"- Senhoras e senhores, meninos e meninos, e agora o número mais perigoso! Vitorini com a sua assitente irá efectuar um número de trapezismo a quinze metros do chão! Sem protecções!"
No alto Vitorini e sua assistante vão tomando balanço e vão trocando de balancé entre si enquanto o público permanece estático! Vai terminar o número! Vitorini ganha lanço para fazer três mortais e depois agarrar-se à sua companheira que o apanhará na hora certa. O momento aproxima-se... Um mortal, dois mortais, três mortais, a assistente estende as mãos..... Vitorini não agarra e a assistente não o apanha! Vitorini jaz numa poça de sangue no centro da arena. O silêncio impera!
A vida é um circo!